sexta-feira, 27 de agosto de 2021

O sol, garranchos e cupins


O dia não cessa de amanhecer, o sol é apenas uma estrela da manhã, diz Thoreau. E é muito revigorante sentir o astro neste agosto invernal, ainda que em um céu pálido e desbotado como papel crepom azul-bebê. Debruço-me na janela para ver os prédios e as pessoas e então ajeito minhas plantas, a minha velha pimenteira acossada pelos pulgões. O sol derrama energia; sinto-me como conectado a uma tomada. 

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

De solidão e silêncio. E samurais.


Falei da dinastia Yuan no post anterior e senti vontade de ler sobre suas tentativas de invasão ao Japão em fins do século XIII. Deu água, literalmente  o kamikaze, vento divino, destruiu a armada sino-mongólica. Orgulhosos guerreiros do Khan afundando como chumbo, agarrados a tábuas, paus e destroços, pulmões explodindo e roxos de afogamento. Da costa os samurais observam, a salvo dos tufões, prontos para degolar os sobreviventes que baterem nas praias. Katsu!, grita o mestre zen. O país do sol nascente não será vassalo alheio.