segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Sobre mortos e lembranças


É véspera do dia 31 de outubro, o dia que como se sabe é o Samhain, na raiz do moderno Halloween; ou Calan Gaeaf entre os galeses que me pegaram em sua magia céltica desde que verti para o português seus versos dos túmulos. Isso foi em 2013. Desde então estou enfeitiçado, "não sou mais dono do meu coração", como diz Maiakovsky. Ele, meu coração, está em algum lugar nas costas do Mar Irlandês sob o tremeluzente estandarte de Y Ddraig Goch, o dragão vermelho de Arthur ap Uther. E é, voltemos à data, o dia em que as fronteiras se tornam diáfanas e os mortos podem caminhar novamente junto a nós, viventes.