segunda-feira, 6 de junho de 2022

Caminhos de prata. E do tempo relativo.


Ao longo do asfalto, gotas de cinza tinta. Parecia um caminho salpicado de prata, como são na imaginação aqueles que levam a castelos de reis ou outros portentos de contos de fadas. Sincronicamente, ao virar a esquina já é o ouro de carambolas amarelas pelo chão. Há uma caramboleira por perto. Não sou exatamente fã da fruta — às vezes trago para casa para fazer suco para meu filho, mas é raro. Porém sempre admirei o formato estrelado e, agora, ao passar pela calçada de carambolas caídas, me sinto transitando por uma via láctea de ouro.